Opinião

A realidade corre o risco de ficar sem graça

A realidade corre o risco de ficar sem graça

O beijo na esposa, o brincar com o filho, uma reunião com os amigos. Há um contraste entre o virtual e o real.

Ansiedade do nosso tempo presente, vazios e tristezas aparecem a partir deste relacionamento desordenado com a tela do seu celular. De crianças a adultos.

Existem exercícios possíveis para nos livrarmos da vida exclusivamente digital e combatermos a ansiedade, uma doença que não faz distinção nenhuma, de idade, fianças e cultura.

Vivemos tempos de prazeres e facilidades nunca antes vistas na história e, incrivelmente os tempos de ansiedade atingem aproximadamente 10% das pessoas em todo o mundo, segundos dados da OMS.

É importante sabermos muitas das felicidades que temos no dia a dia são bem-vindas, mas vêm com armadilhas escravizantes, lembrando o exílio babilônico.

Elas nos fazem buscar uma vida de mais prazer e mais tranquilidade.

Vida alguma se sustenta apenas com esta busca, pois é efetivamente efêmera, pois pode causar prazeres intensos agora e, no futuro, pode não causar prazer algum.

A vida em torno do prazer leva a um único caminho, a sentença de morte espiritual, frustração e a ansiedade.

Outra coisa que gera extrema reflexão, o conforto que o prazer com excesso de dopamina pode acarretar o medo, o medo de perder.

Já parou para pensar que um rei da idade média, não possui o conforto que a maioria das classes médias mundiais? Explica um tanto o porquê os indivíduos atuais possuem tanto medo de fazer dívidas, de perder o emprego e etc…

A ansiedade se combate com paz de espírito, concentração e clareza mental para alcançar seus objetivos.

O celular é capaz de neurotizar você, ao mesmo tempo, ele é útil, algumas vezes necessário, mas sempre te deixará neurótico.

Faça uma análise concentrada, prestando atenção e itens como comparação, marketing apelativo, tragédias, polêmicas. São todos gatilhos para a ansiedade.

Perceba também, que logo após os gatilhos de ansiedade, surgem vídeos e imagens bonitinhas, tipo de cachorrinhos fazendo alguma trapalhada, mantendo a estratégia de perder para depois ganhar.

Para muitos, é impossível se livrar do celular, mas é possível reduzir o seu uso.

Quanto tempo você aguenta? Registre o máximo de tempo que você consegue ficar longe do celular, e esse tempo será a medida do seu vício. Quanto MENOR o tempo, mas escravo você é.

Registrando este tempo, parta para o segundo ato, determinando 10 minutos pela manhã e pela tarde de absoluta quietude. Uma oração, uma boa música, meditação ou simplesmente contemplar o belo.

Este método irá reajustar o sistema de recompensas do seu cérebro. A ansiedade é inimiga do sono que nos repara.

Os vícios estão a um click de distância e, lição de moral não adianta nada. Isto serve para mim, que sou pai e para você que por ventura vive esta maravilhosa experiência.

Podemos combater o vício e a regra número um é: Cair não é motivo para desanimar, não é inútil continuar tentando.

Pegue o seu maior medo e reflita em cima dele. Se ele ocorresse de fato, o que você sentiria e faria? Por quanto tempo você sofreria?

Este exercício causa desconforto no começo e, dia após dia você verá a mágica da indiferença ocorrer em seu cérebro.

E você perceberá que ficou mais forte, você verá que muitas futilidades ligam você aos seus medos.

Seja forte primeiro, bom depois.