Cascavel – O retorno das aulas para os acadêmicos da Unioeste e demais universidades estaduais do Paraná será decidido hoje (7). O sindicato que representa os docentes das seis universidades, marcou esta quarta-feira, às 14h, a assembleia para deliberar pelo fim da greve estadual que começou no dia 15 de maio e que atinge cerca de 80 mil estudantes em todo Paraná.
Além da Unioeste, a Unespar (Universidade Estadual do Paraná), UENP (Universidade Estadual do Norte do Paraná), UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), UEL (Universidade Estadual de Londrina) e UEM (Universidade Estadual de Maringá), também cruzaram os braços e os professores se reúnem no mesmo horário para decidir sobre a “volta às aulas”.
Sabrina Grassiolli, presidente da Adunioeste (Seção Sindical dos Docentes da Unioeste), explicou que desde os atos que foram organizados pelos sindicatos do fim de maio, o Governo Estadual acabou cedendo e abrindo um diálogo por meio da Seti (Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) que é a responsável pelas universidades, e retomou a pauta da reformulação da carreira dos docentes, principal reivindicação da categoria.
Conforme Grassiolli, o sindicato participou da construção desse novo plano que foi encaminhado ainda em abril ao Governo do Estado e ainda não tinha avançado. “Nos outros cargos, os planos tiveram avanços e discussões, enquanto o dos docentes ficou parado na Secretaria da Fazenda. Agora, o Governo sinalizou de que há possibilidade de ser encaminhado e é isso que vamos avaliar nas assembleias”, explicou.
Para a presidente do sindicato, o andamento do plano não cobre as perdas, mas a categoria entende que o plano tem renovações boas para a carreira dos docentes avançar e isso pode ser um instrumento de recomposição de partes das perdas salariais e, portanto, uma possibilidade. “Mas, quem vai decidir se mantêm ou suspende a greve será a categoria”, destacou, reforçando ainda que desta vez a decisão será coletiva por parte das seis universidades.
Greve
Nos cinco campi da Unioeste, que reúnem cerca de 1,2 mil professores, aproximadamente 14 mil acadêmicos estão sendo diretamente impactados. A greve foi aprovada no último dia 9 de maio durante assembleia convocada pela a Adunioeste, que reivindica um reajuste de 42%, sendo que a proposta do Governo do Estado é de cerca de 6%.
Foto: Arquivo/AEN