Política

Invasão do MST é “crime próprio de negacionistas”, diz ministro da Agricultura

Invasão do MST é “crime próprio de negacionistas”, diz ministro da Agricultura

Brasília – Pelas redes sociais, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, classificou como “inaceitável” a invasão de uma área de preservação ambiental e de pesquisa genética da da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias – Embrapa Seminário –, em Pernambuco, na madrugada de domingo (16), por integrantes do MST (Movimento Sem Terra). Para ele, o ato deve ser considerado um crime próprio de negacionistas.

“Inaceitável! Sempre defendi que o trabalhador vocacionado tenha direito a terra. Mas a terra que lhe é de direito! A Embrapa, prestes a completar 50 anos, é um dos maiores patrimônios do nosso país. O agro produz com sustentabilidade, se apoia nas pesquisas e todo o trabalho de desenvolvimento promovido pela Embrapa. Atentar contra isso está muito longe de ser ocupação, luta ou manifestação. Atentar contra a ciência, contra a produção sustentável é crime e crime próprio de negacionistas”, se posicionou ainda na segunda-feira, o ministro que cumpre agenda em Londres, na Inglaterra.

Como foi amplamente divulgado, integrantes do MST invadiram áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma. Em nota, o Ministério da Agricultura explicou que as terras são patrimônio do governo brasileiro, produtivas e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais.

Nota da Embrapa

De acordo com nota da Embrapa, a invasão aconteceu “em terras agricultáveis e de preservação da Caatinga, pertencentes à antiga Unidade de Serviços Produtos e Mercados (SPM) da Embrapa. Tal Unidade foi anexada, administrativamente, à Embrapa Semiárido (Petrolina, PE) e tem sido utilizada para instalação de experimentos diversos e multiplicação de material genético básico de cultivares lançadas pela Empresa (sementes e mudas). A invasão atingiu ainda áreas de preservação da Caatinga, comprometendo a vida de animais ameaçados de extinção, além de pesquisas para conservação ambiental e de uso sustentável do Bioma”.

A empresa destacou ainda que “as terras são patrimônio do governo brasileiro, produtivas e destinadas ao uso exclusivo da Embrapa Semiárido para o desenvolvimento de pesquisas e geração de tecnologias voltadas à melhoria da qualidade de vida de populações rurais”.

Segundo a nota, na área também acontece o Semiárido Show, “feira de grande relevância para os agricultores familiares do Semiárido, posto que as tecnologias que são apresentadas foram desenvolvidas para ambientes de convivência com a seca. O evento recebe mais de 20 mil pessoas e é uma referência em transferência de tecnologias para a região Nordeste. No momento, a área está sendo preparada para receber a 10ª edição da Feira, que acontecerá em agosto deste ano. A invasão já está prejudicando consideravelmente todo o planejamento e execução das atividades previstas”.

A Embrapa concluiu afirmando que “a invasão traz prejuízos consideráveis a produtores e agricultores familiares da área de abrangência da atuação da nossa instituição, bem como para toda a sociedade”.

Também por nota, o MST afirmou que local foi ocupado por 600 famílias “com intuito de transformar essa terra devoluta em um projeto de assentamento da reforma agrária”.

Foto: ABR