Educação

Siprovel protocola pauta de reivindicações e volta cobrar o piso nacional

Siprovel protocola pauta de reivindicações e volta cobrar o piso nacional

Cascavel – A direção do Siprovel (Sindicato dos Professores da Rede Pública Municipal de Ensino de Cascavel) protocolou ontem (11) a pauta de reivindicações salariais e de trabalho deste ano e, além do reajuste salarial, também “cobra” a equiparação com o piso nacional do magistério. A pauta foi aprovada em assembleia da categoria no dia 4 de abril e foi protocolada no gabinete do prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos e também na Secretaria Municipal de Educação.

De acordo com a presidente do Siprovel, Josiane Maria Vendrame, a categoria notificou o Município ainda em janeiro sobre o pagamento do piso Salarial Profissional Nacional do Magistério de 2022, que é o principal ponto a ser tratado nesta negociação. Os professores pedem o pagamento dos 10,11% referente a defasagem do ano passado, que havia sido anunciado pelo prefeito durante o evento “Escola de Governo da Educação” realizado em fevereiro deste ano.

Além disso, soma-se o índice de 14,95% referente ao Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério de 2023 a todos os professores do ensino básico e da educação infantil. Na pauta constam outras demandas que vão desde a contratação de novos profissionais por meio de concurso público, fornecimento de equipamentos, bem como outras necessidades básicas para garantir as condições de trabalho aos profissionais do magistério, na visão do Siprovel.

De acordo com Josiane Vendrame, a categoria agora aguarda uma posição oficial do Município e a data de um primeiro encontro para iniciar as discussões acerca da pauta, mas reforçou a expectativa é de que os pedidos sejam atendidos com urgência visto que as demandas dos profissionais do magistério crescem a cada dia. “Sabemos que a cidade tem uma economia bastante forte e que, por isso, o Município tem condições de valorizar os seus profissionais”, disse.

Outro pedido pautado pela categoria é a ampliação do vale alimentação para os profissionais do magistério que, de acordo com o entendimento do sindicato, poderia atrair convocados aprovados em concurso público. A data base da categoria é no dia 1º de maio, mesma data em que se comemora o Dia do Trabalhador.

Reajuste dos servidores

O pedido de reajuste dos servidores municipais de Cascavel, que são representados pelo o Sismuvel (Sindicato dos Servidores Municipais de Cascavel) também já foi protocolado ainda em março no gabinete do prefeito. Uma assembleia dos servidores foi realizada no dia 15 de março, no Centro Cultural Gilberto Mayer, quando foram definidas diversas propostas que estão na mesa de negociações.

Segundo o presidente do Sismuvel, Ricieri D’Estefani, o sindicato aguarda o fechamento do valor da inflação de abril, mas vai pedir que seja acrescido no índice 2%, sendo referente 1% de reajuste na tabela salarial do plano de cargos e carreiras e mais 1% de ganho real para todas as categorias. A categoria também pede reajuste do auxílio alimentação para o valor de R$ 600, e a remoção do teto para todos os servidores municipais.

Na pauta também tem pedidos especiais para categorias que de acordo com o sindicato estão com grande defasagem, como os cargos de assistente social, agente administrativo, atendente de serviços de saúde, auxiliar de saúde, educador social, orientador técnico esportivo, auxiliar de assistente social e zelador. Também está sendo reivindicado o pagamento do piso salarial da enfermagem, atualmente suspenso em âmbito nacional.

Na pauta ainda tem o pedido de adicional aos servidores que atuam na urgência e emergência, para que seja igualado aos demais programas e mudanças de férias anuais.

Sem retorno

O Jornal O Paraná encaminhou à Secretaria Municipal de Comunicação Social questionamentos como serão tratadas as reivindicações dos sindicatos – se juntas ou separadas; se há alguma decisão entabulada ou se as pautas ainda estão sob análise; se já datas definidas para as tratativas e se o decreto de contenção de gastos terá influência no processo. Porém, até o fechamento desta matéria não houve retorno.

Foto: Arquivo/Secom