Opinião

Coluna Juliano Gazola: Uma lupa na ofensa

Coluna Juliano Gazola: Uma lupa na ofensa

Precisamos usar uma lente de aumento, para entender o motivo de muitas pessoas possuírem o vício em se ofender por tudo.

No passado, era necessária maior clareza na ofensa, onde o indivíduo que se sentia ofendido deveria de fato sentir a ofensa e, quem ofendeu deveria fazer claramente, fazendo com que a comunidade ou plateia de fato reconhecesse a ofensa.

Infelizmente, nos dias atuais, o sujeito já se diz ofendido e quase que imediatamente todos em sua volta se sentem na obrigação de reconhecer tal ofensa e anda por cima repará-la.

Multiplica-se o barulho, quando supostas atitudes ofensivas do outro, estiverem conectadas a pautas de ideologia e, a partir daí a ofensa vira uma mini violência, se assim podemos chamar.

Verdadeiramente existe o racismo, discursos de ódio e outras formas de preconceitos. O respeito verdadeiro as pessoas que sofrem estes tipos de injustiças está em transformar em força em não tomar como ofensa, o que legitimamente, não seja ofensa.

Vou explicar melhor, imagine uma profissional, que é elogiada pelo seu sucesso nas atividades na empresa. Ela após o elogio sente-se ofendida e diz: só porque eu sou mulher, você acha que eu não posso ser bem sucedida?

Atitudes como essa, a meu ver, relatar uma neurose. A cada dia, nos atendimentos de Bioliderança® e nos estudos, percebo que ganhamos muito em não ligar para as ofensas, mantendo assim o coração muito mais leve.

A liberdade dos sentimentos de rancor nos fortalece ainda mais. Por tal motivo, eu e você devemos nos livrar do vício de nos ofendermos por tudo o que nos dizem.

Convido você para fazer uma autoanálise corajosa, se de fato, você anda tomando como ofensivo, comentários e elogios.

Vale mais optar por não se ofender, nem guardar ressentimentos, até mesmo quando há uma ofensa. Pois em muitos casos, a ofensa não foi proposital e se olharmos pelo prisma do amor, devemos um voto de confiança, pois quem confia, não suspeita de ofensas em comentários.

Será que as situações do dia a dia, são motivos para você ver tudo como ofensa? Quando de fato houve a intenção em lhe ofender?

Alguém desmarcou um encontro com você, e você acredita que a desistência do outro é porque você é pobre, você acredita que neste caso houve ofensa ou não houve?

Sua mãe elogia o seu irmão, numa competição e você imagina que sua mãe te despreza, pois não é inteligente. Será que aqui existe ofensa ou não?

Um colega de trabalho seu, lhe dá parabéns pelos elogios que você recebeu do chefe, e você acredita cegamente que por trás dos parabéns, se esconde uma rivalidade. Aqui, temos uma ofensa ou não temos?

Em nenhum destes casos, houve ofensa. Mas se você se identificou como ofendido, precisamos consertar isto. Achar que tudo é ofensa lhe trará remorso e ressentimento, além de uma bela dor de estômago, dores de garganta e até mesmo infecções urinárias, pois estará, neste último caso, disputando território com quem você acha que lhe ofendeu.

Pense se a indiferença, frente a uma ofensa, pode ser considerada a melhor resposta e se tiver de responder a uma ofensa, tente fazer isto, sem ressentimentos.