PT prova do veneno
O Partido dos Trabalhadores está provando do veneno da impunidade que escorreu pelas mãos da presidente Dilma Rousseff e pairou no decreto de indulto aos mensaleiros que ela assinou antes de deixar a presidência. Ao perdoar o mensaleiro Valdemar da Costa Neto, dono do PR – hoje de novo Partido Liberal –, com indulto confirmado pelo STF, Dilma abriu caminho para que ele, absolvido dos crimes, pudesse retomar o comando do partido e fazê-lo crescer. O PL hoje é o principal aliado do presidente Jair Bolsonaro, com centenas de prefeitos e forte bancada no Congresso. Bolsonaro é o principal rival de Lula da Silva (PT), que já contou com Valdemar e Ciro Nogueira (Progressistas) ao seu lado. Hoje a dupla está com Bolonsaro dentro do Palácio.
Foi e voltou
Valdemar foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em 2013. Cumpriu dois anos e meio da pena. E foi indultado em 2016.
Moro & morar
Há uma frase-slogan circulando entre ‘moristas’ – assim já chamados os apoiadores de Sergio Moro – como mote para sua eventual campanha: ‘Moro no Palácio’.
Acredite se quiser
A ‘caradurice’ é tanta no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) que teve proposta de rachadinha até no acerto dos direitos de uma demitida que o denunciou.
Agenda presidencial…
A fila de autoridades portuguesas interessadas em conhecer o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mostra o quanto o pré-candidato já chamou atenção na Terra Mãe. Ele aterrissou em Lisboa para prestigiar seminário da faculdade IDP dia 15, e mal chegou ao hotel, já havia pedidos de agenda até do presidente Marcelo Rabelo.
…Na Terra Mãe
Além de Rabelo – com quem Pacheco se reúne no domingo – o senador já se reuniu com o ex-primeiro ministro Pedro Passos, com o ministro da Ciência e Educação, Manuel Heitor. E com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Moro excluído
Advogada do presidente Jair Bolsonaro, Karina Kufa excluiu a apresentação que o ex-ministro e agora presidenciável Sergio Moro fez para “Cibercrimes e seus reflexos no Direito brasileiro”, o livro que ela escreveu em parceria com os colegas Alessandro Gonçalves Barreto e Marcelo Mesquita Silva.
Para refletir
Essa notícia é a cara do Brasil: uma carreta com milhares de livros tombou ontem em São Pedro do Avaí (MG). A carga não foi saqueada. Se fosse de cervejas…
Queimando a língua
Deputados do PSL da ala bolsonarista não escondem constrangimento com a iminente filiação do mandatário ao PL, partido com histórico de visitas de camburões. Isso porque foram eleitos na onda de 2018 que pregava o combate à corrupção, defesa da Lava Jato e ética na política.
Racha
Hoje, a bancada do PSL soma 53 deputados. Destes, 20 são fidelíssimos ao presidente, mas ainda estão em dúvida e avaliam cenários nos Estados antes de eventual embarque no PL. O PSL rachou em 2019 após a desfiliação de Bolsonaro. Uma ala seguiu alinhada ao presidente e outra ao deputado Luciano Bivar (PE), presidente da sigla.
Bolsolão
A decisão do STF que suspendeu as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, reacendeu o movimento da oposição para tentar instalar a “CPI do Bolsolão”, proposta há seis meses pelo PSOL na Câmara. O objetivo da comissão, segundo o partido, é apurar o uso político de recursos públicos pelo governo Bolsonaro.
Bolsolão 2
Para que a CPI seja instalada, são necessárias 171 assinaturas. Até o momento, foram coletadas pouco mais de 60. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e líderes aliados ao Planalto atuam para barrar a CPI.