Saúde

Brasil quer ser maior destino de turistas no mundo pós-pandemia

Segundo o ministro, dos cerca de 320 mil empregos gerados no mês de agosto, aproximadamente 180 mil estão relacionados ao setor de serviços ligados ao turismo

Rio de Janeiro - Praia de Ipanema durante o decreto da Prefeitura que determinou a parada emergencial de serviços não essenciais para conter a pandemia da covid-19, (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Praia de Ipanema durante o decreto da Prefeitura que determinou a parada emergencial de serviços não essenciais para conter a pandemia da covid-19, (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Brasília – O Ministério do Turismo quer tornar o Brasil um dos destinos mais procurados por turistas do mundo todo no pós-pandemia. Com esse objetivo, o país participa da Expo Dubai, primeiro evento mundial após o início da pandemia e que reúne 190 países nos Emirados Árabes Unidos. Segundo o ministro do Turismo, Gilson Machado, entrevistado de segunda-feira (8) do programa A Voz do Brasil, o pavilhão brasileiro é um dos mais visitados e tem informações sobre diversos destinos turísticos brasileiros como Porto de Galinhas (PE), Jericoacoara (CE) e a Amazônia. Machado diz que o país se destaca quando o assunto é Turismo Verde: “Preservação ambiental e turismo não dá pra dissociar”.

Machado falou também sobre a retomada de cruzeiros no Brasil, o potencial turístico do país e a recuperação do setor pós-pandemia. Segundo o ministro, dos cerca de 320 mil empregos gerados no mês de agosto, aproximadamente 180 mil estão relacionados ao setor de serviços ligados ao turismo. De acordo com ele, o setor de aviação também está se recuperando “Hoje nós temos mais de 85% da nossa malha aérea recuperada”, disse. Machado acredita que as restrições impostas por outros países nesse momento estão fazendo com que os brasileiros busquem mais os destinos dentro do país. “O turismo brasileiro está bombando”, comemorou.

 

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Aumenta o número de sequelados

da Covid nos atendimentos do SUS

 

Em torno de 40% a 60% dos atendimentos de equipes do programa Melhor em Casa, que realizam atenção domiciliar no SUS (Sistema Único de Saúde), estão relacionados a quadros de pós-Covid. A estimativa se baseia em uma enquete com equipes do programa e foi citada pela coordenadora-geral de Atenção Domiciliar do Ministério da Saúde, Mariana Borges, no evento que comemorou os dez anos do Melhor em Casa. O programa atende pacientes de todas as idades com dificuldade de locomoção e quadros de saúde agudos, crônicos agudizados ou complexos.

Mariana Borges ressaltou que pacientes com sequelas de AVC (acidente vascular cerebral) representam a maior parte dos atendimentos dos últimos dois anos, mas a pandemia já surge entre os problemas mais frequentes. “A Covid já está em terceiro lugar. É uma doença que nunca tinha aparecido e já veio direto para o terceiro lugar de atendimento”, disse a coordenadora, acrescentando que “parte dos atendimentos realizados como influenza podem ser na verdade de Covid-19”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou da cerimônia, realizada no Instituto Fernandes Figueiras, no Rio de Janeiro. Além de prestar solidariedade aos familiares de quem perdeu seus entes queridos para a Covid-19, Queiroga destacou o compromisso com a assistência aos que sobreviveram à doença e convivem com sequelas. “Temos pessoas sequeladas, e essas pessoas necessitam de cuidados, e esses cuidados podem ser em casa”, disse.

O ministro destacou a portaria publicada nesta terça-feira (9) permitindo a entrada de mais 116 equipes no programa, que conta hoje com 11,7 mil profissionais e mais de 1.600 equipes. Em 2021, foram investidos R$ 540 milhões no programa.

 

Benefícios

Ao apresentar dados e a história do programa e suas ações, a coordenadora Mariana Borges destacou que o atendimento em casa possibilita uma abordagem mais humanizada, além de permitir que as equipes entendam o contexto em que vive o paciente.

“O sujeito deixa de ser biológico para ser biográfico. Ajudando as famílias a olharem para as condições dentro do domicílio, temos muito mais possibilidades de ter resultados eficazes e a longo prazo do que simplesmente tratando uma doença”.