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Primeira repórter fotográfica de Cascavel completa 33 anos de profissão

Nessa semana, a repórter fotográfica Lorena Manarin completou 33 anos de profissão e sua história praticamente se confunde com a do Jornal O Paraná. Ao longo da carreira, colecionou histórias e elogios de um trabalho de quem dedicou a vida ao jornalismo impresso de Cascavel e região.

Nascida em São Lourenço do Oeste, Santa Catarina, Lorena veio morar em Cascavel com 15 anos. Ela conta que deu os primeiros passos no jornalismo enquanto laboratorista, pelos ensinamentos do repórter João Luiz Furtado.

Passado algum tempo, começou a ajudar na produção de fotos para o “Jornal de fato”, que futuramente se tornou o Jornal O Paraná.

A trajetória no fotojornalismo começou em 1984 e, segundo ela, no início foi contratada para trabalhar na revelação e enquanto os filmes aguardavam a revelação ela aprendia a mexer nas câmeras.

“Hoje é tudo mais fácil. Naquela época era sofrido. Eu me recordo que a primeira foto que tirei foi de dois tratoristas assassinados em 1985, quando tive a oportunidade de ir a campo. Depois disso continuei até me aposentar como repórter fotográfico”.

Da profissão Lorena guarda muitas histórias. Uma das mais emocionantes que ela se recorda é de uma senhora que tinha a doença fogo selvagem, uma doença autoimune, caracterizada pelo aparecimento de bolhas pelo corpo. A Avó Maria, como era conhecida a senhora, tinha um neto de nove anos que morava com ela. A senhora precisava comer frutas e leite.

Lorena conta que reuniram entre os colegas de trabalho um pouco de dinheiro para comprar alimentos e conseguiram uma consulta médica. “Nós ligamos para o então governador Mário Pereira e avisamos sobre esse caso, no mesmo dia ele veio e entregou a escritura da casa para a Avó Maria, ela se ajoelhou e disse que enquanto estivesse viva nós não precisaríamos mais rezar”, conta emocionada.

Expovel

Outra história da sua coleção… é um discurso do governador Alvaro Dias, na Expovel, em que ela foi fotografar: “Nesse dia eu tinha ganhado um flash novinho e cheguei na escada e não queriam me deixar subir no palanque. Eu disse que faria a foto e subi, quando cheguei no alto me empurraram e eu caí. Me machuquei bastante, quebrei o flash e voltei até lá, abaixei bem a velocidade da máquina e tirei a foto que se tornou a capa do jornal do outro dia”.

Dedicatória

Em nome de toda a equipe dos jornais Hoje e O Paraná, dedicamos esta edição para Lorena Manarin. Agradecemos por todos os cliques, todas as histórias e pela vida dedicada ao jornalismo do oeste do Paraná. Enquanto fotógrafa, amiga e companheira de profissão, ela fica em nossos corações pela grande profissional que sempre foi. Obrigada Lorena!