Rio de Janeiro – O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou nessa terça-feira (25) que o PIB (Produto Interno Bruto) do Setor Agropecuário deve ter crescimento de 3,2% em 2021. As lavouras devem ter alta de 3,2% e a pecuária de 5%, conforme as projeções do instituto.
No caso da agricultura, os destaques são milho e soja, com crescimentos estimados de 9,1% e 10,5% respectivamente, com base em dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a respeito da safra 2020/21. Na pecuária, a projeção é de recuperação para todos os segmentos (bovinos, frango, suínos, leite e ovos), liderados pelo aumento de 6,3% da produção de carne bovina.
“São vários anos de crescimento e de aumento de produtividade. No nosso entendimento, esse setor [agropecuário] é muito importante para o desempenho da economia”, disse o diretor do Ipea, José Ronaldo Souza, durante anúncio das Perspectivas para a Agropecuária 2020/2021 – Edição Grãos.
O PIB do setor deste ano foi revisto de 2% para 1,5%. As estimativas para a lavoura subiram de 3% para 3,6% em 2020, porém, a pecuária recuou 2,8%, sobretudo por causa da queda de 6,3% prevista para a produção de carne bovina.
Apesar da revisão, o diretor do Ipea ressalta que a agropecuária foi a única atividade econômica a apresentar crescimento em um cenário de incertezas devido à pandemia. A estimativa, conforme o diretor, é que o segmento de bovinos apresente recuperação da demanda no segundo semestre do ano com a retomada da economia.
Safra de grãos
O Brasil poderá colher 278,7 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/21, o que representa aumento de 8%, segundo cálculos estatísticos da Conab. Esse volume representa a produção de 15 grãos, sendo que milho, soja, algodão, arroz e feijão participam com 95% do total.
“A agricultura brasileira está produzindo como nunca. Os investimentos nos laboratórios, em tecnologias que elevam a produtividade são rapidamente absorvidos pelos produtores e os resultados são o aumento de alimentos para todos. Não só para a população brasileira, mas também para as exportações, para que o Brasil continue sendo o grande supridor de alimentos para o mundo”, disse a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento).