Saúde

Acifi pede ajuda ao governador para retomada econômica em Foz do Iguaçu

A radiografia traz mais de dez indicadores expondo a grave realidade socioeconômica da cidade fronteiriça provocada pelo novo coronavírus

Acifi pede ajuda ao governador para retomada econômica em Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu – A Acifi (Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu) encaminhou ao governador Carlos Massa Ratinho Junior um completo estudo econômico apontando Foz do Iguaçu como o município mais afetado pela pandemia da covid-19 em todo o Estado. A radiografia traz mais de dez indicadores expondo a grave realidade socioeconômica da cidade fronteiriça provocada pelo novo coronavírus.

O objetivo da associação é sensibilizar o chefe do Executivo estadual quanto à crise sem precedentes na cidade. Os dados comprovam que a população iguaçuense tem sido terrivelmente prejudicada pelos reflexos da covid-19, ainda mais quando comparado o impacto local ao dos outros 398 municípios paranaenses.

Além de sofrer com o abre e fecha das atividades econômicas, como ocorre em todo o Brasil, Foz padece por causa do fechamento das fronteiras com o Paraguai e a Argentina e da alta dependência do turismo. Assim, deixa de contar com o turismo de compras e com o intercâmbio dos moradores de Cidade do Leste, Porto Iguaçu e localidades da região trinacional.

Nesse sentido, a Acifi solicitou ao governador a adoção imediata de ações e políticas públicas estaduais voltadas ao Município, que venham a contribuir com a retomada econômica de Foz, implementadas por meio dos diversos órgãos e mecanismos que compõem o governo do Estado e suas instituições de influência.

Indicadores

O levantamento aponta que, dentre as 60 cidades com mais emprego formal no Paraná, Foz foi a mais impactada, com o fechamento de 5.691 vagas de emprego de janeiro a junho deste ano.

O estudo aponta que a Terra das Cataratas caminha para fechar o ano com o pior saldo na balança de empregos. A série histórica disponível no Caged registra 2002 com saldo negativo de 1.147 postos no estoque de emprego. Ou seja, o saldo do semestre é quase cinco vezes superior ao recorde negativo de quase 20 anos atrás.

A radiografia traz ainda outros dados, como a grande quantidade de contratos com redução proporcional de jornada de trabalho e de salário ou suspensão temporária do contrato; aumento do número de encerramento de empresas; redução no ritmo de abertura de CNPJs; trabalhadores do turismo sem renda; alto índice de informalidade; e grande dependência do auxílio emergencial.