Pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão vinculado ao Ministério da Economia, sugerem que o governo conceda reajuste de até 29% no critério de acesso e nos valores pagos pelo Bolsa Família e crie um benefício extraordinário de R$ 450, por seis meses, para todas as famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa – o que hoje daria R$ 522,50 per capita. As medidas alcançariam o terço mais pobre da população.
As ações seriam combinadas com a inclusão de 1,7 milhão de famílias que estão na fila de espera do programa. O gasto adicional com as transferências assistenciais em 2020 é calculado em R$ 68,6 bilhões. Mas mais de 80% dessa despesa seria temporária e restrita a este ano. O impacto para o ano que vem seria bem menor, de R$ 11,6 bilhões, de acordo com o Ipea.
O cenário é apenas um entre as 72 alternativas desenhadas e calculadas pelos pesquisadores Luís Henrique Paiva, Pedro Ferreira de Souza, Leticia Bartholo e Sergei Soares.
Economia
Ipea sugere Bolsa Família a um terço dos brasileiros
As ações seriam combinadas com a inclusão de 1,7 milhão de famílias que estão na fila de espera do programa.