Economia

Bolsa reduz taxas para que corretoras atraiam mais investidores para ações

Em dezembro de 2018, a Bolsa tinha 813 mil investidores e fechou 2019 com 1,7 milhão.

São Paulo – A B3 (Bolsa de Valores brasileira) anunciou nessa quinta-feira (2) a redução da tarifas cobradas para investimentos no mercado de ações e de balcão, em uma iniciativa que tem por objetivo atrair mais investidores para o mercado financeiro.

Dentre as principais mudanças estão a isenção do custo fixo de manutenção da conta (que atualmente está em R$ 110 ao ano para investidores locais) e a isenção da tarifa de custódia para os investidores com menos de R$ 20 mil, situação que beneficiaria 65% dos investidores com conta.

Segundo a Bolsa, se as novas tarifas estivessem valendo, ela teria tido receita R$ 250 milhões menor no ano passado.

Essas taxas, na prática, já não são cobradas de investidores, mas pagas pelas corretoras à B3. Segundo o presidente da Bolsa, Gilson Finkelsztain, a medida deve ajudar corretoras a atrair mais investidores.

“Isso elimina as restrições orçamentárias de corretoras e pode ser um estímulo significativo para a atração de clientes. Além disso, as mudanças também impactam investidores institucionais e pessoas jurídicas”, disse em teleconferência para detalhar a redução de taxas.

No último ano, o número de investidores na B3 mais que dobrou. Em dezembro de 2018, a Bolsa tinha 813 mil investidores e fechou 2019 com 1,7 milhão.

Além disso, outras medidas como a diminuição automática de tarifas conforme o aumento do volume investido, a equalização de taxas entre os diferentes investidores, o estímulo a operações de empréstimos de ativos e uma tabela específica para grandes day traders (que fazem a negociação ativos ao longo do dia), também estão entre as alterações.