Rio de Janeiro – O volume maior de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a inflação ainda comportada e o avanço no crédito devem impulsionar as vendas de Natal ainda mais do que o previsto, retornando a um patamar bem próximo ao recorde alcançado em 2014, previu a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).
O Natal é a principal data comemorativa do comércio varejista brasileiro. A entidade aumentou sua expectativa para as vendas natalinas deste ano, de um crescimento de 4,8% para 5,2%. A expectativa é de que o varejo movimente R$ 36,3 bilhões na ocasião, perto do pico de R$ 36,5 bilhões registrados na mesma data de 2014, calculou a CNC. “Foram três fatores: foi o efeito antecipação do calendário do FGTS, mas também inflação baixa e ampliação dos prazos das operações de crédito”, explicou o economista Fabio Bentes, da Divisão Econômica da CNC, responsável pelo levantamento.
Um terço tem contas em atraso
O consumidor precisa ficar atento aos gastos neste período para não comprometer o orçamento, principalmente se já estiver endividado. Pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) nas 27 capitais do Brasil mostra que cresceu de 28% para 33% o número de brasileiros que possuem intenção de presentear no Natal mesmo com contas em atraso. Desses, 66% estão com restrição nos CPFs.
O levantamento também aponta que 15% dos entrevistados admitem ter ficado com o nome sujo em razão das compras feitas no Natal de 2018, dos quais a maioria continua negativada. Em média, o valor das dívidas responsável pela negativação é de R$ 847,17.