Brasília – O juro médio total cobrado no rotativo do cartão de crédito subiu 6,9 pontos porcentuais de julho para agosto, informou nessa quarta-feira (25) o Banco Central. Com isso, a taxa passou de 300,3% para 307,2% ao ano. Para se ter uma ideia, o valor representa 55,85 vezes a taxa básica de juros, a Selic (5,5% ao ano).
O juro do rotativo é uma das taxas mais elevadas entre as avaliadas pelo BC. Dentro dessa rubrica, a taxa da modalidade rotativo regular subiu de 283,7% para 289% ao ano de julho para agosto. Nesse caso, são consideradas as operações com cartão rotativo em que houve o pagamento mínimo da fatura.
Já a taxa de juros da modalidade rotativo não regular subiu de 311,9% para 319,6% ao ano. O rotativo não regular inclui as operações nas quais o pagamento mínimo da fatura não foi realizado.
No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro aumentou de 175,2% para 177,3% ao ano.
Considerando o juro total do cartão de crédito, que leva em conta operações do rotativo e do parcelado, a taxa teve alta de 66,1% para 68,5% de julho para agosto.
Em abril de 2017, começou a valer a regra que obriga os bancos a transferir, após um mês, a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos.
A intenção do governo com a nova regra era permitir que a taxa de juros para o rotativo do cartão de crédito recuasse, já que o risco de inadimplência, em tese, cai com a migração para o parcelado.
Cheque especial
Já os clientes de bancos pagaram juros menores no cheque especial e taxas mais altas no rotativo do cartão de crédito, de acordo com o BC.
A taxa de juros do cheque especial caiu 11,8 pontos percentuais em agosto, comparada a julho, e chegou a 306,9% ao ano. Em 2019, os juros do cheque especial caíram 5,7 pontos percentuais. Apesar de estar menor, a taxa do cheque especial é a mais cara entre as modalidades de crédito para as famílias e a recomendação do BC é que só seja usado em situações emergenciais.