Após intensa discussão em plenário, a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná) conseguiu o aval da Câmara de Vereadores para obter isenção da taxa de proteção a desastres e também da taxa de lixo, cobradas pela Prefeitura de Cascavel.
A estimativa de impacto orçamentário financeiro para o exercício de 2018 é de RS 67.920,06; para 2019 é de R$ 74.711,69, e, para 2020, é de R$ 117.892,04 – recursos que passam a ser renunciados pelo Município.
O primeiro a se manifestar contrário foi o vereador Roberto Parra (MDB), que integra a Comissão de Saúde. “Inadmissível perdoar a taxa do lixo. Essa cobrança é feita a todas as unidades básicas de saúde: todos os prédios públicos pagam”.
Na justificativa para o abatimento, o Município alegou que utiliza três espaços públicos da Unioeste para o Centro Municipal de Educação Infantil, a Unidade Básica de Saúde e a Clínica Odontológica.
Professor da Unioeste, o vereador Paulo Porto (PCdoB) partiu em defesa da instituição de ensino e criticou os parlamentares: “Há um ano todos os parlamentares que aqui estão votaram pela isenção do IPTU da Sociedade Rural. Não entendo como essa Casa fica tão mansa com cartéis, como do transporte escolar, e tão brava com a Unioeste: que sejam investigados os cartéis e o contrato do lixo também”.
Diante da confusão, quem pediu a palavra foi o presidente Gugu Bueno (PR): para ele tudo não passa de um “negócio”. “É muito fácil de resolver: isso é um negócio, pois o Município utiliza esses espaços e pagaria muito mais pelo aluguel dos imóveis”.
Gugu também respondeu às críticas de Porto. “Não vejo como absurda a posição dos vereadores, visto a incompetência do HU e com a direção. Além disso, sobre a isenção do IPTU à Sociedade Rural, é notório que a prefeitura tem no local a sede da Secretaria de Agricultura”.