Agronegócio

Previsão de chuva adiada e colheita do milho acelera

Toledo – A frente fria que prometia avançar sobre a região ontem e que provocaria chuva nessa quarta e quinta-feira chegou sem força para ocasionar grandes volumes de precipitação e agora uma nova previsão fica para a próxima semana, a partir de segunda-feira.

Após meses seguidos de secura extrema, com um cenário até julho que indicava um dos anos mais secos das últimas duas décadas para o oeste, desde que o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) iniciou sua série histórica, agosto se desenha de uma forma um pouco diferente.

Em média, já choveu neste mês 74 milímetros, a média histórica para agosto é de 88 mm para a região oeste. O volume deverá aumentar em torno de 20 mm na semana que vem, com chuva prevista de segunda até quarta-feira.

Quem aproveita essa condição são os produtores que estão colhendo o milho. No oeste, cerca de 75% das lavouras já foram colhidas. Dos 730 mil hectares destinados ao cereal, mais de 650 mil deixaram o campo.

No Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, onde foram semeados cerca de 300 mil hectares com a cultura, a estimativa é de que até ontem quase 210 mil deles tenham sido colhidos, No núcleo, que cobre 28 municípios, a perda estimada é de 20%. “Se não chover até o fim de semana deveremos caminhar para a reta final da colheita”, afirma e economista do Deral (Departamento de Economia Rural) em Cascavel Jovir Ésser.

Em Toledo, onde estão quase 425 mil hectares divididos em 20 municípios na regional, a colheita já havia atingido 70% das áreas ainda na semana passada. A expectativa é para que neste momento já se aproxime dos 80%.

Por lá, a perda estimada é de 17%. “Se der mais uma semana sem chuva a colheita por aqui será concluída”, afirma o técnico do Deral Paulo Oliva.

Nas duas regionais a expectativa de colheita é de 4 milhões de toneladas. As regiões com ciclos mais atrasados no desenvolvimento são Ibema, Catanduvas, Terra Roxa e Toledo.

A partir da colheita do milho a torcida fica pela chuva para o preparo da terra para o plantio da safra de verão. Quanto à soja, o cultivo está liberado a partir de 10 de setembro, com o fim do vazio sanitário. Até lá não pode haver plantas emergidas nas lavouras sob risco de multas ao dono da área.

 

Foto:

AÍLTON SANTOS

Legenda:

Produtores intensificam a colheita que entra agora na reta final