Política

Cida, Rosinha, Richa e Requião se unem em ação

Grupo tenta fazer TRE reverter decisão sobre entrega das mídias para inserções no horário eleitoral

Curitiba – O horário eleitoral gratuito na TV e no rádio começa na próxima sexta-feira (31). Partidos e candidatos trabalham com afinco para condensar tudo o que têm a dizer, da melhor forma possível, para convencer o eleitor porque deveria dar-lhes o voto. Mas, no Paraná, a menos de uma semana o assunto rende uma boa discussão.

Um grupo de advogados que diz representar os candidatos ao governo do Paraná Dr. Rosinha (PT) e Cida Borghetti (PP), além dos candidatos ao Senado Mirian Gonçalves (PT), Beto Richa (PSDB) e Roberto Requião (MDB), pede ao TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral) que reveja o método determinado para a entrega das mídias das inserções dos candidatos majoritários e proporcionais para a propaganda eleitoral em rádio e televisão no interior do Estado.

Em reuniões durante essa semana para definição do plano de mídia, o TRE decidiu que a entrega seria feita, em regra, através de protocolo físico, sendo determinado que fosse em um disco óptico (mídia XDCam no formato MXF).

Os partidos alegaram que a entrega física da mídia considerada de alto custo poderia prejudicar as campanhas. Em despacho de quinta-feira, o juiz Ricardo Augusto Reis de Macedo, do TRE, determinou que as alternativas apontadas pelas campanhas sejam checadas pelas Secretaria Judiciária em prazo de 24 horas e que os políticos assinem procuração aos advogados para comprovar que os representam. Após as considerações, o TRE poderá alterar a forma de entrega das mídias.

Os advogados apontaram que o TRE de Santa Catarina, assim como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adotaram mecanismos para envio das propagandas por meio da nuvem na internet. O método seria uma alternativa para baratear o custo do envio.

Alto custo

O problema da mídia física, segundo os partidos, é que isso deve gerar gastos significativos, já que cada programa de TV, por exemplo, deve ser gravado em um disco óptico do tipo “XDCAM” e entregue em individualmente em 46 geradoras do Estado. O custo unitário para enviar o disco ficaria entre R$ 100 e R$ 500, com base preços de mercados de varejo na internet, segundo estimativa dos partidos. Alguns dos discos são regraváveis, mas isso não anularia o gasto logístico para entrega dos programas.

Somente para o governo do Estado são 24 programas para o período de 30 dias, enviados diariamente, que serão transmitidos três vezes por semana, dois programas por dia de 31 de agosto a 4 de outubro. Cada programa diferente que o partido decidir fazer terá de ser gravado nesse disco óptico – por ser o formato adotado pelas TVs após a conversão para sinal digital – e deve ser entregue em 58 emissoras repetidoras do programa eleitoral Estado. Além disso, há o custo logístico para entrega dos discos de carro, via correios, por mala-direta ou outro meio pessoalmente.

Ou seja, para uma campanha bem feita o custo vai passar de meio milhão de reais, apenas para governador.

Há ainda as inserções que devem ser entregues em mídias separadas por chapa. São quatro cargos em disputa neste ano: deputado estadual, deputado federal, governador e senador.